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Coronavírus - Governos em todo o mundo começam a acionar alavancas de estímulo econômico

Em uma semana de resultados confusos na guerra contra o coronavírus, os governos, aparentemente em sintonia, começaram a avançar em direção à perspectiva do estímulo. Entre os acontecimentos desta semana, temos a China relatando o primeiro dia sem novos casos desde o início da pandemia; o número de mortos na Itália superando o número na China; e o anúncio da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a Europa é agora o epicentro da pandemia de Covid-19.

Coronavírus – Commodities e Níquel

O momento atual é desafiador para os mercados de commodities, com o novo coronavírus pesando bastante sobre os mercados mundiais e prestes a ter um impacto drástico no PIB global de 2020. Isso resultou em uma correção no preço dos metais básicos, incluindo o níquel.

A China, suposta fonte do vírus, também parece ser a primeira a emergir de seu período de bloqueio auto-imposto, considerando a ausência de novos casos. Do ponto de vista do estímulo, agora que parece ter passado o pior, muitos estão prevendo grandes feitos, incluindo gastos com infraestrutura, onde as commodities desempenhariam um papel importante.

De acordo com um conteúdo exclusivo da Reuters nesta semana, o governo chinês pode aumentar os gastos em até US$ 394 milhões ao estabelecer uma nova meta de crescimento do PIB de 5% em 2020, em relação à meta anterior de 6% estabelecida antes da crise.

O jornal Sunday Telegraph, do Reino Unido, também informou que os indicadores indiretos da China já estão mostrando melhorias no consumo, com a demanda de aço e o uso de carvão acima do mês anterior.

“O aumento das viagens aéreas domésticas, o congestionamento do tráfego e a poluição também sugerem que a economia chinesa, atingida pelo coronavírus, está começando a se recuperar à medida que fábricas, escritórios e lojas reabrem”.

“A demanda por aço se recuperou acentuadamente para alcançar os níveis do ano passado, enquanto o consumo de carvão para produzir eletricidade está agora apenas um décimo menor do que no ano anterior, revelou o Goldman Sachs”.

Um funcionário do banco central chinês também foi citado pela Reuters nesta semana, dizendo que políticas recentes estão ajudando a melhorar a economia chinesa e que ele espera melhorias significativas nos indicadores econômicos no segundo trimestre. Considerando que a China é o maior consumidor da maioria das commodities, isso indica que sinais positivos podem ser vistos no mercado de commodities no segundo trimestre.

A Wood Mackenzie, empresa global de pesquisa e consultoria em recursos naturais, indicou que, embora o Covid-19 tenha um impacto severo no curto prazo no mercado de níquel, haverá pouco ou nenhum impacto nos fundamentos de longo prazo e, portanto, manteve sua visão de longo prazo sobre o níquel.

Coronavírus – Pacotes Globais de Estímulos

Em todo o mundo, bancos centrais e governos começaram a acionar as alavancas e afrouxar as amarras. Não necessariamente para recuperar as economias neste momento, já que o vírus ainda não está sob controle. Mas para garantir que o próprio tecido que mantém as sociedades unidas, bem como a infraestrutura básica e os serviços públicos, permaneçam intactos e funcionando, prontos para recomeçar fortemente assim que o botão play for pressionado no final desta crise global sem precedentes.

Uma corrida ao dinheiro, especialmente dólares americanos, e uma atitude geral de redução de risco, levaram a uma liquidação na maioria das classes de ativos, de ações a commodities e títulos.

Os analistas de mercado também observaram que, enquanto a Crise Financeira Global de 2008 levou a uma diminuição nas receitas em vários setores por vários anos, desta vez se trata mais de uma perda de 100% da receita em um período muito mais curto, particularmente para alguns setores (como hotéis, bares, restaurantes e companhias aéreas), o que traz seus próprios desafios nunca antes vistos.

Grande parte do estímulo atual se refere a ajudar as empresas a simplesmente permanecerem vivas nesse momento e a não precisar fechar e reduzir a equipe, além de ajudar as pessoas que foram demitidas. Exemplos incluem: a remoção das taxas de negócios para empresas pequenas no Reino Unido, adiamento dos pagamentos de hipoteca, e a proposta do Presidente Trump de o governo dos EUA enviar cheques diretamente aos cidadãos norte-americanos.

Também começaram a ocorrer cortes nas taxas de juros e amplos programas de compra de títulos têm sido anunciados. Um estímulo natural é o preço do petróleo, que atingiu US$ 20 por barril nesta semana, níveis que nem imaginávamos ver novamente.

No geral, os números iniciais prometidos pelos governos são impressionantes e mostram a intenção de evitar que se desenvolva uma recessão econômica de longo prazo, assim que a normalidade voltar. Quanto tempo isso levará é uma incógnita, no entanto, muitos já estão olhando para a segunda metade de 2020 até o início de 2021 como um período em que a maioria dos países deve lidar melhor com os fatos.

Entre as medidas estão o pacote de resgate de US$ 1,3 trilhão anunciado pelos EUA, que representa cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB); assim como o anúncio do governo britânico dos 330 bilhões de libras em empréstimos garantidos, equivalente a 15% do PIB. Os países europeus também fizeram grandes compromissos e o Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que está pronto para liberar US$ 1 trilhão de empréstimos quando necessário.

Embora claramente ainda exista um longo caminho a percorrer, a estratégia por parte dos governos – de se antecipar ao vírus e garantir que as consequências econômicas sejam limitadas – parece ser apropriada para garantir que a economia mundial volte aos trilhos assim que o pior passar.

Mensagem Principal

Estima-se que os EUA, a Alemanha, a Grã-Bretanha, a França e a Itália tenham se comprometido com aproximadamente 7,4 trilhões de dólares (23% do PIB) para combater a pandemia.  De acordo com a revista The Economist, os bancos centrais se comprometeram com cerca de 80% desses 7,4 trilhões de dólares. Para contextualizar, o estímulo do G20 na Crise Financeira Global foi de cerca de 2 trilhões de dólares, ou aproximadamente 1,4% do PIB global. Isso poderia representar uma oportunidade de ganhos substanciais para os investidores, comprando ações importantes de recuperação na crise, incluindo ações com boa posição de caixa em commodities, construção e materiais de construção.



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